04/09/10

Stand de vendas


Foi-nos pedido a criação de um stand de vendas para a promoção imobiliária de um edifício de habitação colectiva, com a liberdade de escolher onde este se implantaria, com a condição que teria de ser nas imediações do sitio da habitação que se encontra na Av. Afonso Costa. Para além da criação de uma performance artística baseada nas pinturas das cidades de Nadir Afonso.

Escolhi o jardim do separador central para a implantação do stand de vendas de modo a criar uma intervenção que se dilua entre as arvores como que fazendo parte do meio natural contrastando com o envolvente onde predomina o eixo viário e uma malha urbana

A intervenção do stand tem como génese a árvore, pelo que é construída sobre estacas que simbolizam o tronco da árvore e permitem manter o terreno inalterado dado que se trata de uma construção efémera. Este stand relaciona-se com elementos os deste jardim prolongando-os e reflectindo-os através das fachadas laterais espelhadas e criando um jogo de transparências adicionando-lhe um cariz dinâmico.

Planta  ESC: 1/50
Alçado A



Trabalho realizado na disciplina de Projecto I, no 3º Ano de Arquitectura na Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusiada de Lisboa, no ano lectivo 2009/2010

03/09/10

Análise do Território Urbano_Largo do Chafariz de Dentro

Este trabalho foi um trabalho de grupo que surge no ambito teórico da disciplina de Projecto I, é um trabalho baseado na análisede um território urbano, de forma a perceber toda a morfologia da zona do Largo do Chafariz de Dentro, foi elaborado um enquadramento histórico, uma caracterização morfológica até as particularidades urbanas deste sitio.





























A análise histórica desta zona foi elaborada de forma a um entendimento do ponto de vista arquitectónico geral a evolução da cidade, que se baseou numa análise da cartografia.
O Largo do Chafariz de Dentro situa-se no centro de Lisboa. Lisboa é uma das mais antigas cidades da Europa, tendo sido fundada há mais de três milénios e sendo possível encontrar vestigíos Pré-Históricos. Posteriormente Lisboa foi ocupada sucessivamente por Fenícios, Gregos e Cartagineses até se tornar base de operações do Império Romano denominando-se Olissipo, é neste período que surge a Cerca Moura.
Até 1372, a cidade expande-se até a Baixa, outrora submersa onde irá crescer a Muralha Fernandina. A cidade vai crescendo condicionada pela topografia com uma malha orgânica,surgindo a Cidade das Sete Colinas.

Em 1485 surge com a classe emergente burguesa os bairros de Alfama e de Santos expandindo os limites da cidade ao longo do Tejo.Em 1500 vivia-se a época dos Descobrimentos. A cidade obteve grandes riquezas expandindo-se e surgindo novas construções
Planta 1500 Lisboa

 Em 1755 a cidade foi abatida por um grande terremoto, que destruiu grande parte da cidade, é nesta altura que o Marquês de Pombal manda reconstruir a cidade tendo como base um plano urbanístico com preocupações de segurança, entre outras.
Desta forma a cidade cresce seguindo uma lógica racional, com uma malha urbana reticulada criada e caracterizada por ruas amplas e paralelas.

Em 1890 surge o comboio em Lisboa, trazendo um grande fluxo populacional para a cidade e assiste-se a um grande aumento progressivo da cidade com algumas preocupações urbanisticas.  
Evolução Topografica da Cidade de Lisboa
"Labiríntico, este castiço bairro alfacinha conserva ainda uma áurea especial, carregado de fado,marchas populares, histórias de marinheiros e uma arquitectura única que deslumbra (...) Caminha-se a partir do Largo do Terreiro do Trigo em direcção ao Chafariz de Dentro que fazia parte da rede de abastecimento da água de Lisboa e era das poucas fontes que nunca secava no Verão. Os marinheiros costumavam abastecer as naus neste admirado Chafariz e, quando a água escasseava não era poucas vezes que surgiam zaragatas mortais por quem desesperava na fila. Quando fraco, o caudal tardava 24horas a encher um barril de água. Enfim, histórias do século XV, mas já desde essa altura Alfama era Alfama"
Artigo do jornal "Público"


Este símbolo arquitectónico do bairro também denominado noutros dempos de Fonte ou Chafariz de Alfama porém, só depois da construcção da cerca fernandina,este lugar passou a ser chamado Chafariz de Dentro, devido a sua localização do lado interior da cerca em oposição ao Chafariz da Praia que ficava do lado de fora.
Há ainda várias referências históricas que apontam para que debaixo do chafariz existisse um lago. De facto, encontram-se no local duas casas de água,cada uma com a sua nascente, uma é a do Chafariz de Dentro,onde está uma arca de água, a outra é a do tanque das lavadeiras.  Este chafariz traduz uma arquitectura barroca e romântica, um chafariz de espaldar definido por um extenso muro rectangular em cantaria, correspondendo ao embasamento de 2 prédio, articulado com tanque.



 
 

Trabalho realizado por:
Ana Mesquita
André Almeida
Cláudia Anjo
Sara Molarinho
Teresa Azevedo

21/08/10

Quartel de Bombeiros


Durante o 1º semestre do 3º ano foi-nos lançado um projecto para um quartel de bombeiros e um parque de estacionamento publico numa rotunda, na intercepção da Av. Estados Unidos da América com a Av. Gago Coutinho.
Este projecto tornou-se bastante complexo pela falta de definição do programa e tendo em vista a legislação relativa a este tipo de equipamento, para além do sitio de implantação ser um local actualmente descaracterizado que pretende relacionar-se com a malha urbana que cresce em direcção a Av. Estados Unidos da América e a topografia em direcção a Chelas.
Para a elaboração deste trabalho realizamos uma visita ao quartel escola em Chelas (ERSBL) onde tivemos uma reunião com bombeiros de forma a definir o programa deste projecto de acordo com as suas necessidades.


Para além deste quartel escola, a primeira fase deste trabalho centrou-se na pesquisa de outros quartéis de forma a entender a melhor maneira de organizar o programa, como o exemplo do Quartel de Bombeiros situado em Mataró na Catalunha,projecto do Arquitecto Jordi Farrando.



O quartel organiza-se longitudinalmente paralelamente a rua “Vía Sèrgia” dividido funcionalmente em duas partes: a zona da garagem e a das dependencias dos bombeiros.



Na fachada virada para a rua estava situada a saida dos veiculos, que é toda ela desempedida de maneira a que a saida fosse rápida e entrada fácil. Do outro lado da fachada encontra-se a parada,uma zona mais privada de modo a concretizarem-se exercicios fisicos.





A parte das garagens inclui a garagem propriamente dita dos veiculos de emergencia dos bombeiros,com uma grande altura e grande profundidade ja que intercepta transversalmente todo o edificio. O resto do programa adjacente às garagens como armazem de material,posto de combustivel,sala de secagem de equipamentos.A garagem abre-se directamente para a rua e para um atrio.
A Zona de dependencias divide-se pelo 1º e pelo 2º piso.






A planta do piso térreo contem as salas da admnistração ( gabinetes de apoio,sala de despacho e arquivo), uma sala polivalente usada principalmente para formação, vestiarios com instalações sanitarias associadas,assim como um ginasio. Existe um vestibulo onde se pode aceder directamente a cada uma destas areas, de maneira a que possam ser usados independentemente uns dos outros sem interferir. Existem dois corredores (um de pés sujos e outro de pés limpos) o que permite concentrar só numa franja as zonas humidas.







Na planta do primeiro piso é onde se encontram as áreas onde os bombeiros estão quando não estão a “treinar” ou numa saída de emergência,isto é, o refeitório/ sala de estar e os quartos.
Virado para o lado da rua situa-se o corredor de
circulação que dá acesso  a todas as dependências e no lado oposto há uma grande varanda.
A cozinha e o refeitório/sala contêm um espaço intermédio que os separa, que é a dispensa, a qual contem cacifos pessoais. O refeitório/sala articulam-se de maneira que seja possivel diferenciá-los.




Este projecto que desenvolvi no âmbito da disciplina de Projecto I do 3º ano vai-se desenvolver numa rotunda entre Av. Estados Unidos da América com a Av. Gago Coutinho.




Este projecto desenvolve-se em 4 edifícios de formas circulares resultantes da geometria existente na malha urbana e num certo movimento existente na própria topografia daquele local envolvente. Estes 4 edifícios de forma circular intersectam-se de forma a criarem uma unidade espacial desenvolvendo-se ascendentemente no sentido sul norte. Dois dos edifícios têm um pátio central exterior como elemento de união do programa e de entrada de luz para as áreas comuns e de circulação.

 


Legenda do programa:
1.Recepção/Sala de despacho                                                                                    
2.Secretaria                                                                                                  
3.Sala dos chefes                                                                                       
4.Gabinete do comandante                                                  
5.Sala de Formação                                                                                  
6.Posto médico                                                                                                     
7.Sala de convivio                                                                                       
8.Refeitorio                                                                                                                  
9.Cozinha                                                                                                                                         10.Despensa
11.Garagem
12.Sala dos responsaveis
13.Posto de reserva do combustivel

14.Sala do material
15.Sala do gerador
16.Instalações Sanitarias
17.Ginásio





Legenda do programa:
18.Camaratas
19.Vestiario
20.Esqueleto
21.Heliporto
22.Parada
23.Parque de estacionamento publico



Os edificios foram organizados consoante diferenciadas áreas programáticas, um edificio admnistrativo prevendo um átrio que se liga a um pátio o qual é envolvido pelo programa de uma forma radial.Este edificio faz a ligação com o edificio da garagem e zona de descanso, o centro deste quartel, onde se encontra uma sala de convívio, um resfeitório com a respectiva cozinha e despensa. Junto ao nucleo central, a garagem, que serve de elo unificador entre zona admnistrativa e zonas de descanso,treinos de forma a facilitar as saídas em caso de emergências,situa-se uma polo ,onde no primeiro andar prevê uma área mais operativa, nos pisos superiores encontram-se as camaratas e vestiarios divididos com zonas de secar, de vestir e de duches, ligados sempre com zonas de descidas dos bombeiros.Este edifício faz a ligação com o esqueleto e a parada de treinos, previu-se uma ligação aérea da zona admnistrativa no piso térreo com a zona operacional e das camaratas.
O material escolhido para a materialização deste edificio foi o betão dado as suas características de boa resistência.


   l
Corte longitudinal


 
Trabalho realizado na disciplina de Projecto I, no 3º ano do curso de Arquitectura na Universidade Lusiada de Lisboa,no ano lectivo 2009/2010

02/04/10

Tapume arquitectónico sobre a escultura Francisco Sá Carneiro


Após ter sido feita uma leitura da área de intervenção da praça do Areeiro e seu envolvente e da compreensão do território urbano surge a necessidade de establecer uma relação entre a cidade e a ilha simbólica que é a praça. Verifiquei uma série de caracteristicas únicas da praça com base na minha análise do sitio, praça esta que está integrada toda ela na cidade, mas simultaneamente esta não consegue interagir com o seu envolvente tornando-se assim um local apenas de passagem (de confluência de movimentos).

A minha proposta para o tapume surge como resposta a uma particularidade do sitio, por um lado a necessidade de se relacionar com a malha urbana que cresce em várias direcções consoante eixos de movimento e por outro lado o seu propósito de tapar a escultura de Francisco Sá Carneiro.



Planta de implantação
Escala 1/100

































Sendo a praça um local de passagem e envolta de grandes eixos pretendi enfatizar essas direcções com o propósito de a praça ser então um prolongamento habitável destes eixos.



Pretendi establecer o diálogo entre duas estruturas uma que serve propriamente de tapume, tem uma escala maior de forma a tapar a estátua e em que o seu acesso é limitado apenas aos trabalhadores e outra que envolve a primeira que pretende criar uma animação cénica com o envolvente tentando tirar partido das direcções, criando espaços habitacionais de lazer através dos seus ângulos, com uma escala mais delicada para a ocupação humana. Entre as duas estruturas existe um espaço de circulação limitado aos trabalhadores em que ao longo desse espaço se encontra o programa necessario às obras, desde arrumos de materiais até instalações sanitarias.

































Na escolha dos materiais foi tido em conta o carácter temporário do tapume e as condições do local. Por isso escolhi para o tapume e as condições do local. Por isso escolhi para o tapume interior uma estrutura em aço que sustenta as placas de policarbonato alveolar unidos por perfis metálicos, contendo assim um carácter de transparência deixando ver a estátua de uma maneira muito fosca. Para o tapume de carácter mais cénico escolhi placas de aglomeradas de madeira, também com uma estrutura implicita de tubos de aço para sustentação. Criando aqui um contraste entre os materiais.




Trabalho realizado na disciplina de Projecto I, 3º Ano do curso de Arquitectura da
Universidade Lusiada de Lisboa